domingo, 14 de fevereiro de 2021

UA Gothic - Opiniões e Ideias


 

  UAs são materiais lançados pela Wizards of The Cost como materiais teste para o público da 5e, e por isso nos do Rolando Dragões nos referimos como materiais semi oficiais, pois é lançado pela empresa oficial ao mesmo tempo que ainda está em teste podendo demorar muito tempo para ter alguma mudança ou sair rapidamente e sem mudanças em dos próximos livros.


  A UA que falaremos aqui é a lançada no dia 26/01/2021 chamada de Gothic Lineages, para entender por completo a mentalidade dessa UA temos que lembrar que no livro Tasha Cauldron of Everything tivemos a opção de fazer linhagens únicas, podemos ver isso como um molde para fazer homebrews de raças e também a liberdade de trocar os pontos e habilidades ganhas na criação de personagem, o gosto desse segmento demos algumas ideias em nosso podcast : Balanço final do Livro da Tasha e também algum dia falaremos sobre isso e todas as suas possíveis ramificações em um podcast diferente, mas hoje falaremos sobre a UA.


  A Gothic UA traz três novas raças Dhampir (Meio Vampiro), HexBlood (Sangue Amaldiçoado) e Reborn (Renascido). Aqui está o link para o material original: https://media.wizards.com/2021/dnd/downloads/UA2021_GothicLineages.pdf


  Em resumo cada uma dessas novas raças levam em consideração o sistema de Lineage descritas no livro da Tasha e isso levado ao extremo que os pontos iniciais não são descritos em nenhuma forma apenas colocados que recebem mais dois e mais um em dois atributos diferentes, o que pelo visto passa a ser a regra padrão para a criação de novas raças. (Novamente um tópico a ser discutido melhor em nossos Podcasts).


  E como sempre nós aqui do Rolando Dragões vemos essas raças lançadas como um meio de melhorar nossos jogos usando essa UA de forma inconvencional. 


  As raças Dhampir e Reborn podem ter um sentido narrativo ainda maior se usadas não na criação de personagem e sim durante uma campanha, temos que avisar que isso não serviria para todas as campanhas e também algo que narradores e jogadores podem ter no bolso, um daqueles recursos que sabemos que existem, mas o uso pode ser muito pequeno, ao menos que a campanha tenha meios e personagens tenham a motivação para buscar tal.


  A ideia geral é que os personagens pudessem se tornar uma dessas duas raças durante o percurso da jornada, isso claramente se jogador e narrador estiverem em acordo sobre a entrada dessa raça no jogo, nesse estilo não colocamos novamente os atributos iniciais, então o personagem não ganharia mais dois e outro mais um e sim ganharia as características da raça, podendo ser todas ou apenas algumas.


  Isso poderia ser feito para dar um arco ou até um objetivo para um personagem, ao introduzir um vampiro como NPC ou Boss  um dos jogadores poderia ficar interessados em se aliar ou algo parecido com isso e a partir disso criar a oportunidade para que o personagem se tornar um Dhampir.


  Para um Reborn um personagem que morreu por algum erro mas o grupo tem um trato com um lich ou alguma criatura parecida poderia trazer uma vez o personagem de volta a vida, mas nessa forma “bizarra”, nas duas opções apresentadas uma ideia que nunca pode sair da mente do narrador  jogadores é que essas são oportunidades únicas, que os personagens terão apenas aquela chance para se tornar algo desse modo, isso cria uma ideia de exclusividade e também de conseguir algo único dentro do seu mundo. 


  Essas ideias com o tempo que vemos mais UAs desse tipo ou tipos de criaturas diferentes também podem ajudar a nos inspirar para fazer outras ideias que sejam similares, isso também ajuda com as vezes obsessão de progresso que muitos jogadores e alguns narradores tem com o jogo, pois dando alguns poderes extras para seus jogadores sem eles terem que necessariamente subir de nível pode ser um grande incentivo para buscar por outras oportunidades parecidas ou na mesma linha do que essa. E dando apenas essas “migalhas” para seus jogadores ajuda nessa busca por recompensa que muitos têm ao mesmo tempo que consegue manter o jogo equilibrado pois a transformação não precisa ser automática, pode ocorrer gradualmente.


  Relembrando de uma ideia que demos no podcast de Tatuagens Mágicas, que falamos sobre fazer modificações corporais bizarras para ganhar algum tipo de benefício, isso sem auxílio de itens mágicos ou a necessidade de ter attunement com algum item e novamente isso pode ser feito em pequenos benefícios e até mesmo de modo apenas estético que antes não caberiam por qualquer outro motivo.


  Então mesmo que um material não seja tanto do gosto de todos, sempre podemos parar e analisar como podemos modificar para colocar em nossas mesas, afinal o jogo tem a possibilidade de dar muitas liberdades.

 

 

Opiniões diretas de um nossos Membros

Personagem tendo mais de um tipo de criatura:
Dá mais dor de cabeça que benefício. Implica em interações muito extensas como por exemplo vulnerabilidades a magias e características, como por exemplo um dhampir quando o clérigo usa turn/destroy undead também é afetado. Além de que para tal, teria que ser feita a conversão de lvl em CR.


Nota de Design: Mudanças nos traços raciais
Implicações futuras dos materiais D&D5e 1AT (After Tasha): Próximas raças virão sem acréscimos culturais ou de status. Fazendo as regras que foram ditas como opcionais, podendo valer futuramente como obrigatórias.
Este material é a parte que dissemos esperar ter vindo junto com o “Tasha’s Cauldron of Everything”. Então a expectativa era alta se tratando do material experimental que viria a seguir do livro, mas acabou que lançaram como raças “Faça você mesmo”.
Em geral pras três raças que vieram, não se deram ao trabalho de fazer o básico, mostrando que o foco agora pra d&d não será em criar coisas novas, mas sim em criar pontes entre materiais que já existem. O Lado ruim é que isso demonstra uma certa “preguiça” pois algo que poderia muito bem ser tratado como por exemplo os idiomas virem como : comum +1, ( linguagem que conhecia em vida).
No todo as três raças também funcionam mais simples e pratica como um pós vida para um personagem jogável, melhor do que um personagem que entra na mesa já como um dhampir/hexblood/reborn. 


Sobre o Dhampir:
Tem esse nome, mas no fim é um ghoul/carniçal feito direito e jogável, tirando de lado a maquiagem que puseram em cima do ghoul. É um bom echo Knight/ barbarian, o que contrasta em muito com o aspecto mais Spellcaster dos vampiros.
Sobre Hexblood:
Adorei, incorporaram bem o lado infiltrador da bruxa verde, tornando uma boa ladina/ arcane trickster.
Sobre Reborn:
Bem genérico, wizards finalmente fez alguém mais genérico que o humano. Mas isso o torna versátil, bom como bardo, ladino ou artificer.




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